Uma semaninha de Pinhal

Todos os anos, quando minha família finalmente consegue se organizar para passar uns dias na fazenda, eu volto de lá pensando em como eu sou muito, muito sortuda por ter um lugar lindo daqueles aonde posso ir para dar aquela pausa na vida e respirar fundo.

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Uma plaquinha que achei escondida nas árvores com o nome da nossa fazenda. De um lado, uma plantinha (café), e de outro uma vaquinha (ou uma onça? hehe).

Dessa vez fomos passar praticamente uma semana: eu, Alejandro, meus pais, meu irmão Leo e a namorada dele, a Mila (que conheceu a fazenda agora!). Minha mãe já estava em Minas, passando uns dias com minha avó, e nós cinco acabamos indo em um carro só com as três cachorrinhas (Lola na frente com o Leo, Pitu e Chocho atrás com a gente, trinta quilinhos do magro traseirinho da Chocho no meu colo durante as sete horas de viagem – só amor de mãe, viu). O fato de ser tão longe é o que torna nossas visitas tão esparsas. Se não fosse por isso, acho que passaria boa parte dos meus fins de semana lá!

 

Chegando na fazenda, estava um frio lou-co (pelo menos pra mim, que sou friorenta e moro no Rio). Frio nível vamos-mesmo-tomar-banho? Tomei todos os dias, é bom esclarecer, mas a duras penas e xingando um pouquinho a cada dia. Mas, tirando a parte do banho, frio e fazenda têm tudo a ver, e não tem nada mais gostoso que aproveitar um clima de céu super azul sem chuva e sem (muitos) mosquitos.

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O sol batendo contra os galhos de uma das jabuticabeiras que enfeitam o quintal.

Nos primeiros dias, minha cunhada, Mari, o marido dela, João, e meu afilhadinho, Joaquim, estavam lá com a gente e a casa ficou ainda mais cheia e feliz. O Joaquim está naquela idade fofa de um ano e pouco em que ele está começando a entender mesmo as coisas que a gente fala e ri de quase tudo! Ele conheceu bezerrinhos (ficou com um pouco de medo do barulho que fizeram, hahaha), vaquinhas (vaconas, né, porque como são enormes) e grãos de café (sucesso absoluto). Também está naquela idade em que sai andando como se fosse maratonista, sem querer saber se há pedras, degraus ou relevos no chão por onde passa! A fazenda era praticamente uma death trap, mas deu tudo certo e ele só caiu de boca na terra uma vez (hehe, tadinho! Ele chorou muito, mas foi meio tragicômico).

Nos outros dias, depois que eles foram embora e eu não tinha mais Joaquim para agarrar, eu basicamente fiz nada – nada mesmo, coisa de ficar sentada na rede vendo as folhinhas da jabuticabeira caírem toda vez que um pássaro grande sentava na árvore. O ritmo da fazenda é muito gostoso. A gente dorme muito, e dorme bem, e come muito e come bem! E nos intervalos consegue absorver um pouquinho de toda aquela natureza que é tão presente na roça e tão escassa na cidade (e olha que o Rio ainda é privilegiado nesse quesito). Eu paniquei um pouco quando reparei que não tinha levado um livro para ler, mas no fim foi a melhor coisa. Passar um tempo sem pensar, sem ler, sem produzir… Foi essencial. Um coisa que eu produzi – aos montes – foram fotos. Toda vez que vou pra lá acabo tirando mil fotos, porque o lugar é lindo e porque sempre tenho um anseio por preservar aquilo que foi cenário de tantas lembranças boas.

Nos poucos momentos de não-ócio, tiveram os passeios para ver a produção de leite e os cafezais. Meu tio e meu primo que trabalham na fazenda têm uma paciência de monge e explicam tudinho para a gente, toda vez, a cada visita (obrigada!!!). E nos últimos dias, encontramos alguns dos nossos primos queridos, e vi as crianças e os bebês da família (eles têm chegado aos montes! Foi uma semana de Julia curtindo os bebês alheios, já que os meus pelo visto ainda demorarão um cadinho, hehe).

No fim, eu sempre queria mais: voltar mais vezes, ficar mais tempo. Mas sempre venho para a casa com o coração feliz de ter aproveitado, por pelo menos uns dias.

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Os grãos de café sendo lavados.
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Leo, Mila, e a árvore onde nós todos costumávamos brincar até cansar quando éramos pequenos.

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Joca fascinado com os grãozinhos de café.

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Eu, mami, e a figueira linda e imensa que tem no meio do cafezal.

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Meu pai com Maria Alcachofra (que, sim, tentou abrir a geladeira da fazenda também).

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Alejo e Wolf, o pastor-alemão que é a sensação da fazenda, de tão doce.

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A rede mais disputada do Brasil.

Attachment-3É isso! Posts antigos sobre a fazenda estão aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui. :)

 

Um pensamento sobre “Uma semaninha de Pinhal

  1. Como são lindas essas suas fotos da fazenda Ju! Parecem de outro tempo, outro mundo… que delícia essa vida de roça. A gente tinha que viver isso algumas vezes ao ano, sem falta. Faz um bem danado, né?

    Um beijo <3

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